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Encontrei esta preciosidade. Parece-me que ficava aqui bem...
Não sou geómetra mas, saindo da capital do Império, toma-se a A1 que aí, na saída de Lisboa apenas indica o Porto. Segue-se em frente e as portagens, mais adiante, lembram que a primeira fronteira está ultrapassada e que não vamos enganados. A estrada é monótona coisa que apenas é quebrada com as acrobacias de uns tantos que insistem em demonstrar que um burro ao volante é capaz de dominar uns quantos cavalos do motor. Depois de irmos pressentindo de um lado e do outro, pela tabuletagem indicativa, termos por perto terras como Vila Franca e Santarém, mais adiante, a aproximação de Torres Novas recomenda a atenção pois aí temos de sair da A1 a que já nos habituáramos para tomarmos A23. Entramos nela, de preferência sem apreensão porque não tem portagens, e deixamo-nos ir passando Abrantes, bem mais à frente Castelo Branco e passado um túnel digno desse nome por se prolongar por cerca de 1.000 metros, vamos no encalço da Covilhã, sendo que nessa altura do percurso já as placas anunciam a Guarda.Deixemo-nos ir, sem protestos, até porque o trânsito raramente aperta e continuamos.Vendo a Guarda à esquerda anuncia-se a A 25 (antigo IP5) e ao darmos conta da placa que indica Pinhel, separamo-nos finalmente do bem bom das estradas de duas vias, chegando a uma rotunda onde metemos pela estrada que diz Vilar Formoso (é a maia à esquerda. Logo ali nessa estrada ladeada de Castanheiros uma primeira refere estarmos a passar por dentro da Arrifana e se assim for, estamos no trilho certo. Vamos em frente e decorridos uns minutecos passamos por dentro de Gonçalbocas.Nessa altura, se for dia à esquerda e um pouco ao longe no cimo de um monte Vemos um marco geodésico enorme, um menhir da memória contra o esquecimento como alguém aqui já lhe chamou, e sabemos que aí é o epicentro do Jarmelo.A estrada conduz-nos e, numa recta já com o pinoco (o tal marco geodésico) bem visível e próximo existe uma tabuleta que diz "Deveza -antiga Vila do Jarmelo", fazemos o sinal luminoso para a esquerda e se quisermos podemos tocar a buzina de contentamento... Depois é só seguir a estrada que sobe, sobe, sobe e parar quando para mais nenhum lado pudermos ir.Estamos lá. Saímos do carro e dirigimo-nos para junto do pinoco. Vale o esforço da subida. Depois, difícil vai ser sair de lá e descer de novo que é sempre difícil deixar para trás o lugar que nos devolveu a pureza do nosso nome, num silêncio onde apenas o nada se incompleta. Não sou geómetra, não sei fazer melhor mapa, mas garanto-vos que assim não se perdem porque será só seguir o compasso do coração e parar onde ele quase parece rebentar...
mimganço, Visitante mapas..